quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

NOTA DA CORRENTE PROFESSORES PELA BASE


A Corrente Professores Pela Base se dirige aos trabalhadores de conjunto e aos professores em especial para denunciar e veementemente repudiar a ação do Ministério Público de Estado de São Paulo, que denuncia por crime de formação de quadrilha, entre outras coisas, 72 estudantes (e funcionários da Universidade de São Paulo), muitos deles futuros professores. Esses lutadores foram presos em uma ação violenta da Polícia Militar durante a desocupação da Reitoria da USP, em 2011.

Essa é a mesma polícia que sempre reprime as ações que os professores realizam, como a brutal repressão que sofremos um ano antes da desocupação da Reitoria da USP, essa é a mesma polícia que assassina nossos alunos e que vivem dentro de nossas escolas. Esse mesmo governo estadual que não cumpre a jornada do piso, que nos paga salários aviltantes e que é responsável por São Paulo, o principal estado da Federação, ter um desempenho sofrível em qualquer avaliação.  Esse mesmo Ministério Público que não garante a aplicação de uma série de leis, como a própria jornada do piso. São esses, na pessoa da fascistoide promotora Eliana Passarelli, que hoje chamam estudantes e trabalhadores da USP de bandidos e criminosos. Para os integrantes da Corrente Professores Pela Base criminoso é Renan Calheiros, que renunciou à presidência do Senado envolvido em mais um dos muitos
escândalos que assolam Brasília e que de tempos em tempos vêm a tona. Bandido e criminoso é Carlinhos Cachoeira, que se beneficiava de acordos tanto com Petistas como Tucanos. Criminoso é João Grandino Rodas,  lambe botas de Serra e Alckmin que absolveu o Estado de vários crimes na ditadura militar e hoje é o reitor da melhor Universidade da
América Latina). Os 72 denunciados, longe de ser bandidos ou vagabundos na verdade estavam lutando contra uma (entre tantas) ações autoritárias do reitor, que tal como seus chefes da ditadura tentava militarizar a USP, vale lembrar que esse ataque aos estudantes não foi o único nem o ultimo perpetrado pelo Reitor Grandino .

A Corrente Professores Pela Base também denuncia que essa tentativa de processar os 72 estudantes e trabalhadores, lutadores em defesa da educação pública e da democratização da universidade, se insere em uma escalada de criminalização e ataques aos movimentos sociais com a perspectiva de expulsar estudantes e demitir trabalhadores.

Nesse sentido, nos colocamos ombro a ombro com os 72 denunciados e com todos os que ousam lutar por uma educação pública gratuita e de qualidade para o conjunto dos filhos e filhas da classe trabalhadora. 

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