Não
ao processo, fim da perseguição política na USP e no movimento
estudantil, ensino público e gratuito para todos e controle das
universidades pelos estudantes
No dia 27 de outubro de 2011 os estudantes se enfrentaram novamente com a PM que queria levar presos três estudantes. Logo depois ocuparam a diretoria da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Na semana seguinte aprovaram a ocupação da reitoria para dar continuidade a luta contra a política repressiva do reitor-interventor João Grandino Rodas, colocado no cargo para entregar a USP aos capitalistas privados.
No dia 8 de novembro Rodas armou uma operação de guerra com canil, tropa de choque, cavalaria, Comando de Operações Especiais (COE) para prender 72 estudantes.
Mais de um ano depois, a Promotora Eliana Passarelli assinou um pedido de denúncia contra os estudantes. A denúncia é pelos crimes de formação de quadrilha, posse de artefatos explosivos, danos ao patrimônio público, pichação e desobediência judicial.
Os estudantes podem ser condenados a oito anos de prisão. Uma ameaça contra todos os movimentos de luta e reivindicação do País. Uma condenação dessa natureza, sem provas e sem individualização dos supostos crimes abrirá um precedente para condenação dos movimentos de luta em larga escala.
Todas as acusações são absolutamente infundadas usadas exclusivamente para a perseguição política dos estudantes e do movimento estudantil. A acusação mais escandalosa e que expõe a todas as outras é a de formação de quadrilha.
O crime de formação de quadrilha prevê um vínculo estável ou permanente para o cometimento de crimes. Como se os 72 estudantes estivessem planejando e cometendo crimes e não ocupando uma reitoria com reivindicações políticas.
Está claro que estamos diante de um julgamento político e de uma “jogada casada” entre a reitoria e o governo do PSDB para intimidar os estudantes em todo o País.
Há poucas semanas a reitoria da USP aplicou penas leves contra os estudantes presos durante a reintegração de posse o Ministério Público faz uma denúncia contra os 72 estudantes. A pena máxima foi a suspensão de 15 dias. Faz uma semana que os estudantes receberam as punições e em alguns casos a absolvição.
Agora essa promotora decide denunciar os estudantes.
Este caso coloca o problema de forma ainda mais clara uma vez que uma ação claramente política do movimento estudantil foi classificada como “vandalismo” e “formação de quadrilha”.
A Aliança da Juventude Revolucionária denuncia esse processo e chama todas as organizações democráticas a se incorporar a luta contra a perseguição política contra os estudantes da USP.
- Não ao processo.
- Pelo direito de manifestação.
- Fora Rodas, fora a privatização da USP
- Pelo fim de todos os processos contra o movimento estudantil.
- Por uma universidade controlada pela comunidade universitária com maioria estudantil.
- Pelo ensino público e gratuito para todos em todos os níveis.

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