quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Moção de apoio da APEOESP SUBSEDE SANTO ANDRÉ


Nós, professores da rede pública do estado de São Paulo, em reunião extraordinária de Representantes de Escola, informados de que o Ministério Público denunciou 72 estudantes pela ocupação da Reitoria da USP, ocorrida no final de 2011, manifestamos o nosso descontentamento com essa ação da Justiça.

Os estudantes são acusados de dano ao patrimônio público, dano ambiental, descumprimento de ordem judicial e formação de quadrilha, correndo o risco de serem presos por até 8 anos, mesmo depois do fim dos processos administrativos internos movidos pela universidade, em que foram definidas penas brandas.

Milhares de estudantes se colocaram contra o convênio assinado entre a Reitoria da Universidade de São Paulo e a Policia Militar, imposto de maneira antidemocrática à comunidade universitária. Em virtude disso, estudantes e funcionários ocuparam a reitoria da Universidade como forma de protesto. Tal resultou em uma violenta desocupação, que mobilizou cerca de 400 policiais - entre eles a Tropa de Choque e a cavalaria da PM, na autuação e prisão de todos e casos de agressão e abuso de poder por parte da polícia. 

Vale lembrar ainda que as atuais denúncias de depredação do patrimônio público, impetradas aos ocupantes, são de caráter extremamente duvidoso:   a vistoria do local após a desocupação fora feita a portas fechadas pela polícia, e quando de sua abertura para a imprensa o local se encontrava destruído, em estado forjado do que haviam deixado os estudantes no momento de saída.

A partir disso, um resgate histórico é necessário: a última vez que a PM havia invadido a USP tão massivamente fora na desocupação do CRUSP na década de 60, período em que vigorou a ditadura militar no Brasil. 

Hoje, o sucateamento das instituições públicas, em quase 20 anos de governo do PSDB, de Alckmin, é camuflado com medidas tais repressivas. 

Semelhanças não são meras coincidências e nos levam a questionar profundamente o caráter da democracia em que vivemos, em que a manifestação e a organização política são tolhidas e taxadas como formação de quadrilha.      

Com medidas repressivas, a reitoria da USP somente faz reproduzir a política orquestrada pelo Governo do Estado de São Paulo de criminalização dos movimentos sociais e estudantis.

A partir disso, nos colocamos ao lado dos estudantes e funcionários processados e do histórico combativo do movimento estudantil da USP. Também manifestamos repúdio a qualquer repressão à organização política, na defesa do direito democrático de livre manifestação.

Contra o processo do Ministério Público!
Contra a reitoria autoritária de Rodas e do Governo do Estado!

Pela imediata democratização da USP e retirada dos processos!

Lutar não é crime!Contra a criminalização dos movimentos sociais!


Santo André, 16 de fevereiro de 2013 - APEOESP SUBSEDE SANTO ANDRÉ

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Nota de apoio dos servidores públicos municipais da cidade de São Paulo


Nós, servidores públicos municipais da cidade de São Paulo, reunidos em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (SINDSEP-SP), vimos por meio desta, manifestar contra a denúncia formulada pelo Ministério Publico de São Paulo que visa atribuir sem provas os crimes de formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, pichação e posse de materiais explosivos aos 72 da USP que se forem condenados, podem pegar até oito anos de cadeia.

Reconhecemos a legitimidade do movimento dos processados da USP. Sabemos que o movimento estudantil em geral, luta por uma universidade pública para todos os trabalhadores e seus filhos.

Esses ataques fazem parte do mesmo pacote repressivo aplicado em diversos movimentos sociais. É cada vez mais frequente a intervenção judicial nas greves, o que significa um enorme ataque a um direito constitucional dos trabalhadores.

Também fomos vítimas da política que visa transformar movimento legítimo, de caráter reivindicatório em crime. Em nossa última greve (2011), o ex-prefeito Gilberto Kassab instaurou uma comissão de inquérito (já arquivado) com o objetivo de punir os trabalhadores do serviço funerário simplesmente por terem aderido ao movimento. Diante disso, não poderíamos ficar alheios aos últimos acontecimentos e nos solidarizamos com a luta dos estudantes e trabalhadores da USP apoiando:

O fim dos processos contra estudantes e trabalhadores.
Direito de organização política
Pelo direito de greve e liberdade de manifestação!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nota do Fórum dos Processados


Nós, estudantes e funcionários da USP, fomos denunciados no último dia 05 de fevereiro pelo Ministério Público por formação de quadrilha, descumprimento da ordem judicial, pichação, danos ao patrimônio público e porte de material explosivo. A promotora Eliana Passarelli nos classifica como bandidos. Essas acusações poderão nos levar a uma pena de até 8 anos de prisão. No dia 08 de novembro de 2011, fomos tratados como criminosos, quando o reitor João Grandino Rodas e o governo do Estado (PSDB) armaram uma situação de guerra para desocupar a reitoria, enviando um efetivo de 400 homens, sendo eles da Tropa de Choque, Gate, esquadrão antibombas, cavalaria, canil e dois helicópteros.  O reitor, a promotora e o governo Alckmin (PSDB) realizam uma fraude jurídica para transformar um movimento de reivindicação estudantil em crime comum.

A denúncia ocorreu poucos dias após recebermos a carta com o parecer da Comissão Processante responsável pelo processo administrativo interno da USP, que nos suspende por 5 a 15 dias. A reitoria se vale do Estatuto da USP de 1972 e do Decreto-Lei 477, ambos do período da Ditadura Militar. Tanto a reitoria quanto a justiça burguesa vestem toga, farda e botinas para nos criminalizar.

A reitoria e o Ministério Público são cúmplices do cerco que nos golpeia, isso porque criaram as condições necessárias para um processo criminal, ao julgar a ocupação da reitoria como o resultado de uma ação individual, juntamente com a implantação de provas pela polícia: gasolina, isqueiro e rojões que, segundo a promotoria, serviriam para a construção de bombas caseiras.

Não somos criminosos nem bandidos! Lutamos e ocupamos legitimamente a reitoria, em ação de força contra a ingerência do Estado e o autoritarismo da burocracia acadêmica. Os processos e as penalidades que caem sobre nossos ombros se devem às bandeiras que empunhamos: FORA PM! FORA RODAS! FIM DOS PROCESSOS! E aos métodos de luta que empregamos. São bandeiras que se chocam diretamente com a política de destruição da educação pública e ações que atacam o poder autoritário da burocracia/governo. Somos criminalizados por defendermos um direito democrático, que há muito é negado à maioria e tem sido alvo dos interesses dos capitalistas de ensino.

Esse duro ataque não é um caso isolado. Estamos vivendo num momento de ascensão da repressão aos movimentos sociais, como demonstram o confronto com a PM durante a greve de 2012 na Unifesp de Guarulhos, que também resultou em prisões e processos, a covarde desocupação de Pinheirinho ou dos prédios abandonados de São Paulo, onde se abrigavam centenas de famílias. E o assassinato da juventude pobre e negra das periferias e, no final de janeiro deste ano, o assassinato do líder do MST, Cícero Guedes, e agora de sua companheira Regina dos Santos Pinho. Os ataques também são desfechados sobre as organizações; por meio da Lei Anti-Greve, multam em milhões os sindicatos, como é o caso dos metroviários, ou a demissão da diretoria, inclusive do presidente, do sindicato dos ferroviários da Sorocabana na CPTM, em plena campanha salarial.

Junta-se a isso uma segunda ação de criminalização da política, promovida dentro da USP: a reintegração de posse de parte do bloco G do CRUSP – conhecida como “Moradia Retomada” – realizada no dia 19 de fevereiro de 2012. Esta também contou com um contingente policial desproporcional, e teve como saldo a detenção e o indiciamento criminal de mais 12 pessoas.

Estas duas agressões à liberdade política resultaram, além dos processos criminais citados, em processos administrativos internos com ameaça de expulsão. Temos desde já 6 pessoas eliminadas da universidade devido à ocupação do bloco G, e mais 10 processos em andamento contra pessoas envolvidas nos dois covardes episódios.

Declaramo-nos contrários à criminalização e perseguição política aos 85 presos políticos da USP, que se insere no contexto do imoral e desproporcional processo persecutório, totalmente contrário ao interesse público, que se instaurou no seio da maior universidade pública da América do Sul por obra do atual reitor. Solicitamos a anulação desses inquéritos, bem como a retirada dos processos anteriores a estudantes e funcionários da USP.

Nossa real defesa se concretizará pela unidade organizativa e na ação entre todos os que estudam e trabalham na universidade, entre as entidades estudantis, CAs e DCE, e os sindicatos dos funcionários (SINTUSP) e professores (ADUSP), bem como das demais organizações dos trabalhadores e da juventude externas à universidade. Reivindicamos que essa unidade se dê também ao redor de nossa defesa jurídica. Que todos os 72+12+8 presos, processados, eliminados e criminalizados políticos estejam sob assistência jurídica coletiva. Pela imediata anulação das suspensões e da denúncia do Ministério Público. Por uma defesa jurídica e política coletivas, pois se trata de um ataque à nossa liberdade de organização, nossas bandeiras e métodos de luta. Por uma ampla campanha que aglutine forças vindas de outras universidades, sindicatos e outros movimentos, para impulsionar uma luta conjunta contra a repressão que é desfechada ao conjunto dos que se mobilizam.

Abaixo a Ditadura do reitor/interventor/governo Alckmin!

Em defesa de nossa liberdade de organização e manifestação!

Em defesa de nossas bandeiras e métodos de luta!

Fim, imediato, aos processos e punições!

Não à criminalização dos movimentos sociais!

 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Convite: plenária dos movimentos sociais sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra 72 estudantes da USP


A denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo à Justiça no dia 5 de fevereiro, que acusa os 72 estudantes e trabalhadores da USP, que foram detidos durante a violenta reintegração de posse do prédio da reitoria em 2011, de danos ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial e formação de quadrilha é mais um fato absurdo, na lista de arbitrariedade contra aqueles que lutam.
Um dos principais problemas existentes hoje na USP é a falta de democracia na gestão da universidade, expressa hoje pelo atual reitor João Grandino Rodas. O convênio assinado com a polícia militar não foi em nenhum momento debatido junto à comunidade universitária e não solucionou o problema da falta de segurança que até hoje permanece dentro da Cidade Universitária.
É essa falta de democracia que gera indignação, pois, temos, cada vez menos, liberdade de pensar ou fazer diferente. Opinião política tem se tornado crime e estudante bandido. Nesse sentido, é preciso destacar que a USP é uma das universidades mais antidemocráticas, mantendo resquícios dos tempos da ditadura. Não podemos aceitar como natural tantos desmandos. Estudantes, professores e funcionários reivindicando seus direitos não é crime!
Ainda mais quando contamos com um cenário em que se debate a instalação de uma Comissão da Verdade da USP, que investigará os crimes da ditadura do Brasil nos quais a Universidade teve participação, é preciso, de uma vez por todas, conquistar espaços democráticos na Universidade de São Paulo e isso começa por não termos nenhuma punição.
E essa perseguição dentro da USP é só um aspecto da guerra que o governo de São Paulo declarou aos movimentos sociais. São vários os exemplos; há um ano, com muita violência, foi desocupado o terreno do Pinheirinho, o sindicato de metroviários da cidade de São Paulo foi multado em milhares de reais por ter feito uma greve, que é um direito constitucional. Isso tudo, porque a situação social, dentro e fora da USP se agrava, as condições de saúde, transporte, emprego, educação estão cada vez piores e os que resistem à essas investidas do governo estão sendo calados à força.
Diante desse cenário, no qual a repressão, as punições de 5 a 15 dias de suspensão a trabalhadores e estudantes, sindicâncias e os processos são os melhores argumentos contra os que contestam a ordem, convocamos todos os ativistas, movimentos sociais e entidades que têm como parte de suas batalhas diárias a bandeira de combate à criminalização dos que lutam que participem de uma plenária no dia 20 de fevereiro, às 18h, na sede do DCE-Livre da USP, para que, com iniciativas em conjunto, possamos responder à altura aos abusos dessa denúncia do MP contra os estudantes e funcionários da USP.

Assinam essa convocatória DCE-livre da USP e SINTUSP

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

moção de apoio - Oposição Alternativa APEOESP SP

Nós, da OA da Apeoesp, que lutamos para transformar nosso sindicato em um instrumento combativo e classista para lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos, nos opomos radicalmente à repressão aos lutadores da USP atualizada na apresentação  da denuncia contra 72 pessoas, entre estudantes, trabalhadores e apoiadores do movimento político de ocupação da reitoria.
O Ministério Público de São Paulo, a serviço do Reitor Rodas e do Governador Alckmin, na figura de Eliana Passarelli, indicou no dia 15/2 a acusação de, entre outras coisas, formação de quadrilha, num total de pena que poderá chegar a 8 anos de prisão, sem nenhum precedente, nem nos tempo de ditadura.
Numa conjuntura de aumento da repressão e ataques aos movimentos sociais, aos partidos e organizações sindicais de esquerda e aos movimentos de trabalhadores, esse ataque representa mais uma ofensiva contra os lutadores e estudantes da USP, mas também a todos os lutadores da educação.
É fundamental somarmos todas as forças em defesa desses lutadores.
Nos colocamos lado a lado na defesa desses lutadores e desde já nos comprometemos a compor a reunião chamada para o dia 20/02 com o intuito de por de pé uma grande campanha democrática em defesa dos 72 e de todas as perseguições contra os trabalhadores.

Oposição Alternativa Apeoesp do Estado de São Paulo

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

530 dias sob intervenção policial


Estamos sitiados desde a assinatura do convênio USP-PM em 8/9/2012, mas isto não é só.
Bem-vindo, calouro. Como você provavelmente já deve saber, 72 estudantes estão sendo processados pelo Ministério Público por terem ocupado a reitoria em novembro de 2011.
O processo cível que está em marcha é a continuação do ataque desferido pelo próprio reitor-interventor, João Grandino Rodas, no ano passado. Mais de 50 estudantes foram submetidos a um longo processo administrativo e alguns foram suspensos.
Vamos apresentar aqui uma breve cronologia dos acontecimentos:
(na foto, estudantes no dia 09 de junho de 2009 correm do ataque da polícia que reprime, com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, uma manifestação pacífica política no campus. A repressão não esperada porque, na época,  a polícia não tinha autoridade para entrar no campus. No entanto, naquele dia, o futuro reitor João Grandino Rodas, então membro do Conselho Universitário,  garantiu a autorização).

13 de novembro de 2009 – João Grandino Rodas, então diretor da Faculdade de Direito, é nomeado reitor pelo governador José Serra, apesar de ter ficado em segundo lugar na votação interna da universidade
18 de janeiro 2010 – Uma manifestação pedindo a saída de Rodas, que estava sendo empossado pelo governador em solenidade na Sala São Paulo, foi reprimida pela polícia e três estudantes foram detidos, dois deles militantes da Juventude do PCO
Novembro de 2010 – Reitoria abre processo contra 24 estudantes em razão da ocupação da reitoria realizada em 2007 e da ocupação da moradia em 2010. Os estudantes estavam ameaçados de “eliminação”, com base em um código aprovado durante a ditadura militar
20 de maio de 2011 – Reitoria usa o assassinato de um estudante no estacionamento da FEA como pretexto para aprovar convênio entre a USP e a Polícia Militar no Conselho Gestor do campus
8 de setembro de 2011 – Convênio entre USP e Polícia Militar é assinado. A partir daí várias arbitrariedades policiais são relatadas por estudantes, funcionários e inclusive professores
1º de novembro de 2011 – Ocupação da reitoria pela saída da PM do campus e o fim dos processos administrativos e criminais contra estudantes e funcionários e pelo “Fora Rodas”
8 de novembro de 2011 – Depois de várias negociações frustradas, reitoria manda cumprir reintegração de posse do prédio, para onde são enviados mais de 400 policiais da Tropa de Choque, cavalaria e batalhões especiais. 72 estudantes são presos e acusados de depredação do patrimônio público, entre outros. (ao lado, foto do dia 08 da Folha de S. Paulo mostra a reação de estudantes que se aglomeraram para mostrar repúdio à ação violenta da polícia e a prisão dos colegas)
17 de dezembro de 2011 – Rodas decide expulsar arbitrariamente oito estudantes moradores do CRUSP com base no decreto 52.906, de 1972, presente no regimento da universidade
6 de janeiro de 2012 – Com aval do reitor, Polícia invadiu o espaço de convivência dos estudantes no CRUSP, cercando-o com tapumes e fechando o acesso aos estudantes
Fevereiro de 2012 – Rodas privatizou os ônibus circulares do campus, que passaram a ser controlados pela SPTrans que lucra a cada volta da catraca
Março de 2012 – Rodas tentou impedir a realização da festa da calourada organizada bloqueando a entrada de bebidas e do trio elétrico que conduziria o show
30 de outubro de 2012 – Câmeras escondidas, instaladas pela Coseas e pela reitoria com o objetivo de espionar a atividade dos estudantes, foram encontradas no saguão do Bandejão Central
1º de novembro de 2012 – novamente a PM tenta deter estudantes que levavam cerveja para uma festa
Novembro/dezembro de 2012 – Rodas suspendeu a circulação de diversas linhas de ônibus que circulavam pelo campus
22 de dezembro de 2012 – Rodas destrói o Canil, espaço ocupado pelos estudantes na ECA.

Vídeo gravado pelo CAHIS USP em apoio aos processados

Vídeo feito pelo Centro Acadêmico de História da USP em defesa dos estudantes processados pela ocupação da Reitoria, em novembro de 2011, com depoimentos de um dos estudante, Gabriel Gabs, e dos professores Osvaldo Coggiola, Maurício Cardoso, Jorge Grespan e Henrique Carneiro.
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=O6FURU7iUII

moção de apoio - SINTRAJUD

ATENÇÃO: ESCANDALOSA DENUNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO É UM HISTÓRICO ATAQUE AOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA USP

Hoje a reacionária promotora Eliana Passarelli denunciou ao Ministério Público os 72 estudantes e trabalhadores da USP que lutavam contra a presença da polícia militar fora e dentro da universidade, e por uma universidade verdadeiramente pública e democrática. A denúncia é, entre outras coisas, de formação de quadrilha e depredação de patrimônio público que indica o mínimo de 8 anos de prisão. Fica evidente que as aparentes "penas mais leves" de Grandino Rodas que suspendeu dezenas de estudantes e trabalhadores estava sendo articulada com o governo do estado de São Paulo dirigido pelo PSDB para denunciar por formação de quadrilha estes mesmos estudantes e trabalhadores. Um verdadeiro escândalo nacional, de parte de um governo que vem reprimindo desde os moradores do Pinheirinho até o assentamento Milton Santos, trabalhadores pobres e s...em-teto, movimentos sociais e sindicais, com novas demissões. Ao mesmo tempo o Ministério Público não tem a menor vergonha de investigar por formação de quadrilha o movimento estudantil e de trabalhadores, quando os verdadeiros bandidos estão no Congresso Nacional, no Senado e nos próprios governos, perpetuando repressão e opressão para o conjunto da população e ganhando muito dinheiro pra isso - livres e impunes, estes sim "depredando o patrimônio público". Todo o apoio democrático de centenas de professores, estudantes, intelectuais, jornalistas, artistas, juízes, trabalhadores, movimentos sindicais, de direitos humanos, devem se fazer sentir neste momento para rearticular uma enorme campanha democrática contra a criminalização dos movimentos sociais e pela anulação imediata desta denúncia absurd a. Que todas entidades estudantis e de trabalhadores se manifestem urgentemente em apoio a todos os trabalhadores e estudantes. Estaremos nos articulando para tomar todas as medidas jurídicas e políticas diante deste enorme ataque. Se atacam um, atacam todos!"

[texto de Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP)]

SINTRAJUD - Sindicato dos Trabahadores do Judiciário do Estado de São Paulo

nota de repúdio ao processo do MP - DCE UNIFESP

DCE-UNIFESP repudia ação do Ministério Público contra 72 Estudantes da USP

Apoiamos o movimento Uspiano em sua denúncia à postura ditatorial do Reitor João Grandino Rodas, que faz uso da ausência de espaços democráticos na universidade para impor sua vontade à força, com o uso da polícia, sindicâncias e processos criminais.
Entendemos que a ação do Ministério Público, e o discurso da promotora Eliana Passarelli ao chamar publicamente os estudantes de bandidos e criminosos são um claro ataque, não só aos estudantes da USP, mas ao conjunto do Movimento Estudantil Nacional.
Chamamos, assim, os estudantes da Unifesp a se mobilizarem em torno destas reivindicações:
-CONTRA A PRESENÇA DA PM NOS CAMPI!
-PELO FIM DOS PROCESSOS NA USP E NA UNIFESP! LUTAR NÃO É CRIME!
-PELA DEMOCRATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS!
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Nota de apoio aos processados, em repúdio ao processo do Ministério Público.

        Lutar não é crime!

           


Nessa terça-feira, dia 5 de fevereiro, a promotora Eliana Passarelli entrou com denúncia no Ministério Público em acusação a 72 estudantes pela ocupação da Reitoria da USP, no final de 2011. Os estudantes são acusados de dano ao patrimônio público, dano ambiental (pichação), descumprimento de ordem judicial e formação de quadrilha (!), correndo o risco de pegarem até 8 anos de prisão. Após o fim dos processos administrativos internos à universidade, em que foram definidas penas brandas, mas ainda injustas, o Movimento Estudantil acordou de sobressalto à mais esse ataque da reitoria em conluio com o governo do Estado.
         Milhares de estudantes se colocaram contra o convênio assinado entre a Reitoria da Universidade de São Paulo e a Policia Militar, imposto de maneira antidemocrática à comunidade universitária. Em virtude disso, estudantes e funcionários ocuparam a reitoria da Universidade como forma de protesto. Tal resultou em uma violenta desocupação, que mobilizou cerca de 400 policiais - entre eles a Tropa de Choque e a cavalaria da PM, na autuação e prisão de todos e casos de agressão e abuso de poder por parte da polícia. Vale lembrar ainda que as atuais denúncias de depredação do patrimônio público, impetradas ao ocupantes, são de caráter extremamente duvidoso:   a vistoria do local após a desocupação fora feita a portas fechadas pela polícia, e quando de sua abertura para a imprensa o local se encontrava destruído, em estado forjado do que haviam deixado os estudantes no momento de saída.
A partir disso, um resgate histórico é necessário: a última vez que a PM havia invadido a USP tão massivamente fora na desocupação do CRUSP na década de 60, período em que vigorou a ditadura militar no Brasil. Hoje, o sucateamento das instituições públicas, em quase 20 anos de governo do PSDB é silenciado pelo governo sob a pena de punição criminal. Semelhanças não são meras coincidências e nos levam a questionar profundamente o caráter na democracia que vivemos, em que a manifestação e organização políticas são tolhidas e taxadas como formação de quadrilha.      
Com essa medida, a reitoria da USP só faz reproduzir a política orquestrada pelo Governo do Estado de São Paulo de criminalização dos movimentos sociais, repetindo-a internamente à USP. A partir de todos esses elementos, nos colocamos ao lado dos estudantes e funcionários processados e do histórico combativo do movimento estudantil da USP, e manifestamos repúdio a qualquer repressão à organização política, na defesa do direito democrático de livre manifestação.



Contra o processo do Ministério Público!
Contra a reitoria autoritária de Rodas e do Governo do Estado!
Pela imediata democratização da USP e retirada dos processos!
Lutar não é crime!Contra a criminalização dos movimentos sociais!

CAHIS USP
Federação do Movimento Estudantil de História - FEMEH
Espaço Socialista
Sindicato dos Trabalhadore do Judiciário Federal - SINTRAJUD
Revista Crítica do Direito
Coletivo Nacional Construção

Unidade pela Luta - Grupo de Trabalhadores do Funcionalismo Público de Santo André
Subsede da Apeoesp de Santo André
Movimento Mulheres em Luta ABC

Abaixo assinado contra a criminalização dos 72 processados da USP

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N23295

assinem!

nota em apoio aos 72 - Espaço socialista

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No marco da crise estrutural do capital e do estreitamento da margem de negociações, a burguesia e seus governos têm fechado o cerco para a classe trabalhadora. Ataques antes adiáveis ou aplicáveis em menor intensidade têm tomado um caráter mais central para a manutenção da lógica do lucro, ameaçando, assim, de forma mais imediata e agressiva os direitos já conquistados pela nossa classe. A intensidade, severidade e constância dos ataques aos direitos e da repressão e  perseguição aos que ousam lutar tem assumido características semelhantes a tempos mais remotos.
Junto aos ataques diretos assistimos ao reforço ideológico por meio da tentativa de legitimação da criminalização dosmovimentos, das políticas repressivas e higienistas por parte da mídia burguesa. Sabemos que em situações de crise, a burguesia apela para o que há de pior em sua ideologia, mostrando sua fragilidade enquanto alternativa. O nacionalismo, a xenofobia e o fascismo ameaçam penetrar em nossa classe. Assim, a luta pela defesa das conquistas democráticas e o repúdio a qualquer tipo de repressão ou perseguição aos trabalhadores, lutadores ou não, se faz de fundamental importância na luta anticapitalista atual.
Hoje, o dia amanheceu com más notícias. O Ministério público apresentou denúncia de 72 estudantes pela ocupação da Reitoria da USP, em 2011. As acusações são de dano ao patrimônio público, dano ambiental, descumprimento de ordem judicial e formação de quadrilha, com o risco da sentença de 8 anos de reclusão. Muitos já foram punidos administrativamente no ano passado, mas a perseguição segue seu curso, no marco de diversos outros processos semelhantes país afora.
Chamamos todos à necessidade de se colocar em luta contra ataques como esse à nossa classe. Repudiamos a atitude da Gestão Rodas, da reitoria da USP, desde o início. Nos colocamos contra o processo de privatização da educação, que motiva inúmeras ações como estas das sucessivas gestões das reitorias e Governos Estaduais, já há muitos anos na universidade.
Nos colocamos em luta e oferecemos todo apoio e solidariedade aos estudantes processados e perseguidos politicamente na USP e chamamos em sua defesa todos os que lutam contra esta sociedade de classes. Pela construção de uma sociedade livre da repressão, da exploração e da opressão, por uma sociedade socialista!




Espaço Socialista, Fevereiro de 2013

moção de repúdio à denúncia do MP - CAECO UNICAMP

O Centro Acadêmico de Economia do IE - Unicamp vêm, por meio desta nota, repudiar a denúncia por danos ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial e formação de quadrilha do Ministério Público Estadual contra os 72 estudantes da USP pela ocupação da reitoria em 2011.
Por meio da estratégia de judicialização dos ataques aos movimentos sociais em geral, a presente ação protocolada pela promotora Eliana Passarelli se soma aos diversos ataques promovidos pelas conservadoras e hierárquicas reitoriais das universidades estaduais paulistas e do governo do estado de São Paulo contra o movimento estudantil e sindical auto-organizado. O mesmo Estado e governo que denuncia por formação de quadrilha os estudantes que lutam contra a presença da PM na universidade, morros e favelas é aquele que coloca a polícia militar nas favelas e periferias, como o faz ao final do ano passado, na sua cínica “guerra contra o tráfico”, promovendo um verdadeiro genocídio da população jovem e negra nas periferias de São Paulo.
A manutenção do status quo da universidade pública visa assegurar os laços entre os recursos públicos, as grandes corporações e os grupos políticos; contra essa “ordem” universitária, o movimento estudantil e sindical têm se organizado em defesa da democratização do acesso à universidade e da sua estrutura de poder. Lutando para que os jovens das periferias que hoje estão fora dela, sendo assassinados pela polícia, possam estar estudando e produzindo o seu próprio conhecimento na universidade.
Apenas a auto-organização dos estudantes e funcionários pode dar condições a uma universidade plenamente pública e democrática. É com esses fins que os estudantes e funcionários na USP, na Unicamp e na UNESP tem se organizado e por isso, sofrido ataques da casta de poder das reitorias.
Deste modo, O CAECO vem se posicionar e prestar total solidariedade aos estudantes!
- Em defesa do movimento estudantil e sindical!
- Contra as ações judiciais e não-judiciais que visam criminalizar e desorganizar os movimentos sociais!
- Pela democratização do acesso a universidade e de sua estrutura de poder herdeira da ditadura militar!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

moção de repúdio à denuncia do MP - Corrente Proletária -


Ministério Público paulista abriu processo criminal contra estudantes e funcionários da USP
Abaixo as medidas ditatoriais da Justiça burguesa!
Organizar a luta contra a criminalização do movimento estudantil
6 de fevereiro de 2013

O Ministério Público Estadual de S. Paulo denunciou por formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público, desobediência e pichação 72 pessoas (a maioria estudantes e funcionários), que ocuparam a reitoria da Universidade de São Paulo (USP), em novembro de 2011.
Tais alegações não passam de uma fraude legal para criminalizar um movimento que se utilizou da ocupação como meio de reagir à violação da autonomia universitária pela polícia militar, a mando do reitor e do governo Alckmin. Basta ver o absurdo de qualificar uma ação política como se fosse “formação de quadrilha”. É claro o objetivo de produzir uma incriminação coletiva, já que as provas foram criadas pela polícia, como a dos explosivos e destruição de patrimônio público.   
O enquadramento de um movimento político-social na categoria de “formação de quadrilha” indica que a promotoria se vale das leis da ditadura militar, como o Decreto-lei 477, que considerava crime contra o País organizar ações coletivas nas universidades. O que a promotora criminal Eliana Passarelli faz é tornar um movimento de reivindicação estudantil em uma ação de criminosos. A promotoria, evidentemente, se coloca a serviço do governo Alckmin/PSDB, que pretende a expulsão dos estudantes da universidade e a punição criminal.
É necessário que o movimento estudantil nacional, os sindicatos e correntes políticas de esquerda saiam em defesa dos estudantes acusados e pelas liberdades democráticas. Não vamos permitir que a reação avance contra os direitos mais elementares de manifestação, protesto, greve e ocupação.
Em fins de janeiro, foi assassinado o líder do MST, Cícero Guedes, sem que os mandantes estejam presos. Os camponeses têm suportado uma bárbara violência e os assassinos a mando dos latifundiários são premiados com a proteção dos governos e da Justiça. Como se vê, não é somente sob a ditadura militar que reina a arbitrariedade burguesa contra os explorados. Na democracia, o aparato do Estado se vale de outros meios para exercer a mesma opressão. É o caso da fraude criminal que considera estudantes em luta como “formadores de quadrilha”.
 O ataque ao movimento estudantil se soma à ofensiva geral repressiva que os governos têm realizado contra os movimentos sociais nos últimos anos. Na USP, a violência policial (invasão do campus pela Tropa de Choque) foi desfechada contra estudantes e funcionários na greve de 2009, na desocupação da reitoria em 2011, no despejo da “Moradia Retomada”, durante o carnaval de 2012.  No ano passado, os estudantes da Unifesp foram agredidos e presos mais de uma vez durante a greve, que tinha como uma de suas reivindicações justamente a retirada de processos criminais contra estudantes que ocuparam a reitoria em 2008.
Poucos dias antes da promotora Eliana Passarelli produzir essa monstruosa peça de acusação contra o movimento estudantil, a reitoria divulgou a suspensão por 15 ou 5 dias de dezenas de estudantes e funcionários por terem participado da ocupação de 2011. Inicialmente, os estudantes foram chamados a depor com sua sentença anunciada previamente (seriam eliminados com base no regimento disciplinar elaborado pela ditadura militar em 1972). Mas os entraves jurídicos levaram a reitoria a optar por medidas de menor alcance. Alguns, equivocadamente, julgaram que havia um recuo da reitoria. O que se vê agora é que a burocracia autoritária, marionete do governo do PSDB, buscou outro caminho para desfechar a repressão contra os lutadores: a via do Ministério Público. Ou seja, a aberta criminalização do movimento. O fato é que o ataque pretendido pelo reitor/interventor/governo é ainda mais duro que as eliminações anteriores.
A criminalização dos movimentos sociais é o exercício escancarado da ditadura de classe dos capitalistas e seus governos contra os oprimidos. E é a ingerência mais aberta dos capitalistas no interior da universidade, diametralmente oposta ao princípio da autonomia universitária, que de fato só existe nos discursos dos acadêmicos.
A repressão é um instrumento para impor a vontade da minoria autoritária contra as necessidades dos que estudam e trabalham. Os estudantes são agredidos, presos, processados, condenados, eliminados a criminalizados por lutarem pelas reivindicações de real autonomia e democracia universitárias, por moradia estudantil para todos, em defesa do ensino público e gratuito.
A perseguição política desfechada pelos lacaios dos capitalistas e de seus governos se volta contra essas bandeiras, que se opõem à privatização, à precarização e à elitização da universidade pública. O ataque ao direito de manifestação e expressão já seria grave, mas a repressão vai além: ela se volta contra as reivindicações mais sentidas pela maioria. A criminalização dos movimentos visa a proibir que se lute pelas necessidades e a aceitar passivamente a imposição das medidas ditatoriais do reitor interventor/governo.
A universidade que temos é de classe, burguesa. O ensino superior é controlado pelos capitalistas da educação. A política dos governos (PT e PSDB) é a de impulsionar mecanismos de privatização, precarização e elitização da universidade, de acordo, portanto, com os interesses do capital. Estimulam-se para isso as chamadas parcerias, fundações, terceirizações, convênios, ensino a distância, instituição de métodos empresariais de gestão, atacam-se direitos de permanência (moradia e alimentação), transporte, tempo de graduação, acesso, etc. Para impor essas medidas, aumenta-se a ingerência governamental sobre as universidades e reprimem-se movimentos que se levantem contra. Aumenta o autoritarismo, nem mesmo as instâncias burocráticas e antidemocráticas funcionam na sua formalidade. É a destruição do ensino público que se processa.
É preciso colocar em pé uma ampla campanha de defesa dos perseguidos políticos no movimento estudantil, que deve se ligar à defesa dos demais movimentos atacados pelos governos e capitalistas, pela lei antigreve, pelas multas e processos, pelas imposições judiciais antigreve, pelos assassinatos de sem-terras, demissões políticas etc. A luta em defesa da real democracia universitária tem de responder aos ataques concretos que o reitor/interventor/governo exercem. Ficar fazendo discurso pela eleição direta para reitor, estatuinte, paridade nos órgãos colegiados, etc., quando não se responde à repressão exercida, é distracionismo. É colaboração passiva com as medidas repressivas. A defesa do ensino público não se limita à luta interior à universidade pública. Ela se projeta para fora, para ser consequente ela tem de se voltar para as reivindicações de conjunto da juventude: direito à educação a todos em todos os níveis (para isso, é preciso estatizar sem indenizar a rede privada de ensino e colocá-la sob controle coletivo de quem estuda e trabalha); direito ao trabalho para todos, com jornada de 4 horas para a juventude, para que possa se dedicar ao estudo e lazer. Mas essa luta começa no interior da universidade. A defesa do ensino público e gratuito passa pelo combate às medidas privatistas, de precarização e elitização. Une-se à defesa da real autonomia e democracia universitárias, única forma de impor o controle coletivo dos que estudam e trabalham e acabar com o poder autoritário da casta burocrática e corrupta que comanda a universidade como marionete dos capitalistas e seus governos.
O movimento estudantil caminha nesse sentido, por isso se choca com a burocracia universitária e o governo. Em 2011, se colocou pelas bandeiras de “Fora a PM”, “fim dos processos políticos contra estudantes e trabalhadores” e “Fora Rodas, reitor/interventor”. Adquiriu assim um caráter político de enfrentamento à ingerência do governo sobre a universidade. A defesa dos estudantes e funcionários que agora são alvo do Ministério Público é parte dessa luta, que começa com a convocação de um comitê de luta em defesa dos processados, com uma campanha de ampla divulgação e denúncia nas ruas, um chamamento aos sindicatos e demais organizações das massas, e um chamado às assembleias de estudantes e funcionários. Trata-se de aprovar uma campanha e constituir uma assembleia geral universitária, que delibere ações coletivas e de massa. Por essa via, derrotaremos o autoritarismo do reitor/interventor/governo e avançaremos a luta em defesa da universidade pública contra a privatização.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Moção de apoio da Federación Universitaria de Buenos Aires

La Fuba (Federación Universitaria de Buenos Aires) se solidariza con los estudiantes de la Universidad de San Pablo. Nos sumamos a la exigencia del inmediato retiro de la denuncia presentada por el Ministerio Público de San Pablo en la Justicia el pasado 5 de febrero. 
Mediante ella se acusa a 72 estudiantes de la Universidad por daños al patrimonio público y desobediencia. Los compañeros fueron detenidos durante la violenta represión ejecutada por la Tropa de Choque de la Policía Militar, para derrotar la ocupación al rectorado que protagonizaba el movimiento estudiantil. 
A la vez, repudiamos las declaraciones de la autora de la denuncia, Eliana Passarelli, que acusa a los estudiantes de “bandidos” y “criminales”. La intención de criminalizar a esos estudiantes es un ataque al movimiento estudiantil y a todos los movimientos sociales en Brasil. Se trata, entonces, de un cercenamiento del derecho democrático a la libre expresión, manifestación y organización política e ideológica. ¡Luchar  por la democracia en la universidad no es un crimen!


Saludos

Apoios de estudantes e trabalhadores do México contra a repressão na USP:

Contra la represión a los trabajadores del SINTUSP
El último día de enero, el rector de la Universidad de Sao Pablo (USP) sancionó varias suspensiones contra decenas de estudiantes y cuatro trabajadores de la USP; incluyendo a la compañera Diana Assunção de Oliveira, dirigente del SINTUSP (Sindicato de Trabajadores de la Universidad de Sau Pablo). Dicha sanción obedece a la persecución y represión de la que han sido objeto los estudiantes y trabajadores universitarios desde el 27 de octubre del 2011, cuando estallaron un movimiento contra la entrada de la Policía Militar y la militarización de la universidad. Esto en un contexto de represión a los movimientos sociales en Brasil, que ha dejado el asesinato de campesinos y luchadores en los últimos meses a manos justamente de la Policía Militar. Desde México, denunciamos y repudiamos la represión contra los estudiantes de la USP y contra nuestros compañeros trabajadores del sindicato, exigimos el cese a la represión y echar para atrás cualquier tipo de sanción. ¡Basta de represión a los movimientos sociales en Brasil! ¡Ni una sanción a los estudiantes de la USP! ¡Abajo las sanciones contra las y los trabajadores del SINTUSP! [Rosario Pérez, ex delegada Sección 10 de la Coordinadora Nacional de Trabajadores de la Educación (CNTE-SNTE)]

¡Abajo las sanciones contra estudiantes y trabajadores de la Universidad de Sau Pablo!
Los estudiantes y trabajadores de la universidad de Sao Pablo en Brasil, están siendo violentados en sus derechos universitarios y laborales al ser sancionados por el rector Rodas, producto de la lucha que han dado desde el 2011 contra la entrada en el campus de la Policía Militar. Los trabajadores de la educación de toda América Latina debemos estar unidos contra la represión y en defensa de la educación pública, gratuita y al servicio de los trabajadores. La militarización de las universidades, solo alienta la represión y reduce las garantías democráticas de estudiantes y trabajadores. Repudiamos enérgicamente la represión a nuestros compañeros trabajadores del SINTUSP y a los estudiantes de la universidad, exigimos el cese a las sanciones y a cualquier medida represiva en su contra. [Movimiento Alternativa Sindical (MAS)- Sindicato de Trabajadores de la Universidad Nacional Autónoma de México (STUNAM)]

Escandalosas sanciones contra estudiantes y trabajadores en la Universidad de Sao Pablo
Los estudiantes y trabajadores que se opusieron en 2011 a la entrada de la Policía Militar a la Universidad de Sao Pablo – es decir a su militarización-, enfrentan hoy sanciones por luchar, en una medida abiertamente represiva por parte del rector Rodas de aquella universidad. Desde México, repudiamos enérgicamente la represión, exigimos cese a todas las sanciones, tanto de los estudiantes, como de los 4 trabajadores integrantes del SINTUSP, incluida una de sus dirigentes, Diana Assunção de Oliveira. Les enviamos saludos combativos a todos los estudiantes y trabajadores de la USP que siguen en pie de lucha. 
[Jimena Vergara, profesora de la Facultad de Ciencias Políticas de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM)]

Charge de Latuff

http://www.brasildefato.com.br/node/11939

Código Penal não admite responsabilização coletiva, diz defesa de presos na USP

http://www.radioagencianp.com.br/11375-codigo-penal-nao-admite-responsabilizacao-coletiva-diz-defesa-de-presos-na-usp


Código Penal não admite responsabilização coletiva, diz defesa de presos na USP

Os acusados são na sua maioria estudantes da universidade, além de trabalhadores da instituição e apoiadores. Eles negam os crimes e apontam falha na acusação do Ministério Público Estadual

As 72 pessoas que foram presas na desocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) em 8 de novembro de 2011 estão sendo acusadas pelo Ministério Público de crimes que somam até oito anos de reclusão. Entre eles, está o de formação de quadrilha e depredação do patrimônio público. Os denunciados, entretanto, negam os crimes e apontam falha na acusação do MP estadual.
De acordo com nota da Comissão Jurídica em Defesa de Estudantes e Trabalhadores, o Código Penal não admite responsabilização coletiva. O documento aponta que “o próprio Ministério Público reconhece a ausência de individualização da conduta dos supostos envolvidos”.
Segundo um dos advogados de defesa, Alexandre Pacheco Martins, sem identificar a autoria dos fatos é impossível que os envolvidos possam exercer o direito de defesa de forma adequada. Além disso, diz que os presos garantem que foram os policiais que danificaram o patrimônio da Reitoria.
“Existe a prova de que objetos foram quebrados, porém isso não basta. É necessário dizer quem quebrou e o que quebrou. Se você acusa todo mundo de ter quebrado tudo, fica muito fácil [para a acusação] porque o acusado não tem como se defender”.
A promotora Eliana Passarelli, que apresentou a acusação, diz que as ações estão individualizadas na medida em que os estudantes e trabalhadores presos agiram em conluio e formaram uma quadrilha.
“Eles permaneceram dentro do prédio, não saíram quando deveriam ter saído, foram presos em flagrante delito. Está mais do que caracterizada a ação criminosa.”
Na acusação da promotora, mesmo os estudantes presos fora do prédio da reitoria foram indiciados por supostamente terem quebrado o patrimônio, descumprirem a ordem judicial e formarem quadrilha criminosa. A mesma imputação coube ao repórter Diogo Terra Vargas, que na época fazia reportagem para o site Vice sobre o movimento estudantil e foi preso enquanto trabalhava.
Os acusados são na sua maioria estudantes da própria USP, além de trabalhadores da instituição e apoiadores. Eles afirmam que as imputações são mentirosas, pois não picharam as paredes nem portavam artefatos explosivos. Além disso, dizem que não sabiam da reintegração de posse e que os policiais militares realizaram várias ações ilegais naquele dia.
O estudante Danilo Bezerra, morador do CRUSP e estudante da ECA (Escola de Comunicação e Artes), conta que estava filmando a desocupação quando foi arrastado para dentro do prédio. Por isso, acabou preso e agora responde processo criminal.
“Ficamos ali nessa entrada [da reitoria], eu e outros repórteres, quando de repente uma mão de um militar da tropa de choque me puxa e me leva pra dentro da reitoria. Sem explicações.”
Segundo a denúncia do MPE, no dia dos fatos, o Comando de Choque solicitou aos denunciados que desocupassem o local de modo pacífico. Vídeos, imagens e os presos contestam a versão da autoridade. “Fomos acordados com os policiais gritando e nos apontando armas”, conta um dos presos, o estudante de mestrado em Letras Fernando Bustamante.
De São Paulo, para a Radioagência NP, Aline Scarso.

Gestão Rodas: a herança autoritária revisitada


http://apguspcapital.wordpress.com/2013/02/10/gestao-rodas-a-heranca-autoritaria-revisitada/
No dia 31 de janeiro de 2013, a USP finalizou os processos administrativos movidos contra os 72 estudantes e funcionários que participaram do movimento político que ocupou o prédio da reitoria, em novembro de 2011, como parte dos protestos contra a presença da Polícia Militar na Universidade. As punições administrativas compreendem de 5 a 15 dias de suspensão e foram viabilizadas pelo Decreto n°52.906 de 1972, editado durante a ditadura civil-militar brasileira e conhecido como Regimento Disciplinar da USP. Em consonância com o Ato Institucional n°5 que lhe dava suporte, o famigerado Regimento proíbe manifestações políticas no interior da universidade.
Como se não bastasse, no dia 5 de fevereiro, menos de uma semana após a determinação dessas punições, o Ministério Público Estadual promoveu uma denúncia contra os 72 estudantes e funcionários, enquadrando-os nos crimes de formação de quadrilha, posse de explosivos, danos ao patrimônio público, desobediência civil e crime ambiental por pichação, os quais indicam pena mínima de 8 anos de prisão. Mesmo que contornável, a suspensão administrativa de estudantes e trabalhadores por ações de claro conteúdo político é, por princípio, inadmissível em uma universidade. E a desqualificada tentativa de criminalização direta movida pela promotora Eliana Passarelli, ex-colega de trabalho do magnífico reitor, é mais um momento da longa história de autoritarismos desta universidade, que se nega reiteradamente em democratizar seus espaços decisórios.
Ao longo de seus 3 anos de gestão, João Grandino Rodas tem implementado um projeto de destruição dos espaços democráticos de discussão e socialização: desalojou a Associação de Professores (ADUSP), destruiu o Canil_Espaço Fluxus de Cultura, perseguiu e expulsou 6 estudantes por atividade política em 2010 e tem pressionado o Sindicato dos Trabalhadores (SINTUSP) e o Núcleo de Consciência Negra a abandonarem suas sedes. A ocupação da reitoria em 2011 representou apenas mais um grito de uma comunidade sufocada pelo ímpeto autoritário da atual gestão, a qual só pôde sobreviver através da negociação do vultoso orçamento público que dirige (para 2013, o orçamento da USP será de 5 bilhões de reais).
A estratégia de permanência da polícia militar no campus só pode ser compreendida dentro deste contexto de desarticulação do espaço público na universidade. Não se trata de segurança patrimonial ou pessoal, mas de silenciamento do dissenso. As manifestações da comunidade universitária contra a presença da polícia militar no campus apontam para o dano histórico das perseguições políticas e crimes que esta corporação promoveu durante os anos de chumbo e também para a inaceitável permanência de seu histórico despreparo e preconceito, visíveis nas recentes execuções sumárias que promove nas regiões periféricas da cidade.
A inconstitucionalidade do decreto que fundamenta as punições administrativas na USP é patente e já foi reconhecida judicialmente. A reitoria convenientemente parece lavar suas mãos delegando ao Ministério Público Estadual a resolução dos conflitos internos, incendiados por sua própria gestão autoritária. E se isso não for verdade, convidamos a reitoria da USP a elaborar uma nota pública em defesa de seus estudantes e funcionários, intercedendo ao Ministério Público Estadual que interrompa tal processo escandaloso, o qual, sob o falso argumento de zelar pelo bem público, fere o princípio da autonomia universitária e criminaliza sua vida política.

Associação de Pós-graduandos da USP Helenira “Preta” Rezende fevereiro de 2013

NOTA DA CORRENTE PROFESSORES PELA BASE


A Corrente Professores Pela Base se dirige aos trabalhadores de conjunto e aos professores em especial para denunciar e veementemente repudiar a ação do Ministério Público de Estado de São Paulo, que denuncia por crime de formação de quadrilha, entre outras coisas, 72 estudantes (e funcionários da Universidade de São Paulo), muitos deles futuros professores. Esses lutadores foram presos em uma ação violenta da Polícia Militar durante a desocupação da Reitoria da USP, em 2011.

Essa é a mesma polícia que sempre reprime as ações que os professores realizam, como a brutal repressão que sofremos um ano antes da desocupação da Reitoria da USP, essa é a mesma polícia que assassina nossos alunos e que vivem dentro de nossas escolas. Esse mesmo governo estadual que não cumpre a jornada do piso, que nos paga salários aviltantes e que é responsável por São Paulo, o principal estado da Federação, ter um desempenho sofrível em qualquer avaliação.  Esse mesmo Ministério Público que não garante a aplicação de uma série de leis, como a própria jornada do piso. São esses, na pessoa da fascistoide promotora Eliana Passarelli, que hoje chamam estudantes e trabalhadores da USP de bandidos e criminosos. Para os integrantes da Corrente Professores Pela Base criminoso é Renan Calheiros, que renunciou à presidência do Senado envolvido em mais um dos muitos
escândalos que assolam Brasília e que de tempos em tempos vêm a tona. Bandido e criminoso é Carlinhos Cachoeira, que se beneficiava de acordos tanto com Petistas como Tucanos. Criminoso é João Grandino Rodas,  lambe botas de Serra e Alckmin que absolveu o Estado de vários crimes na ditadura militar e hoje é o reitor da melhor Universidade da
América Latina). Os 72 denunciados, longe de ser bandidos ou vagabundos na verdade estavam lutando contra uma (entre tantas) ações autoritárias do reitor, que tal como seus chefes da ditadura tentava militarizar a USP, vale lembrar que esse ataque aos estudantes não foi o único nem o ultimo perpetrado pelo Reitor Grandino .

A Corrente Professores Pela Base também denuncia que essa tentativa de processar os 72 estudantes e trabalhadores, lutadores em defesa da educação pública e da democratização da universidade, se insere em uma escalada de criminalização e ataques aos movimentos sociais com a perspectiva de expulsar estudantes e demitir trabalhadores.

Nesse sentido, nos colocamos ombro a ombro com os 72 denunciados e com todos os que ousam lutar por uma educação pública gratuita e de qualidade para o conjunto dos filhos e filhas da classe trabalhadora.