quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Carta de repúdio a perseguição política cometida pela reitoria da UFMT

O Diretório Central dos Estudantes da UFMT – Cuiabá, vem a público denunciar as atrocidades políticas cometidas pela reitora Maria Lúcia Cavalli Neder. Como se já não bastassem as más condições de estudo e permanência estudantil, seus ataques tornaram-se ainda mais intensos. Agora ela persegue os estudantes que reivindicam seus direitos. Os coordenadores do DCE, Raysa Morais (estudante de Serviço Social) e Maurício Marinho (estudante de biologia), estão sofrendo um processo administrativo (temos informações de um novo processo, onde 8 da gestão do DCE serão intimados, incluindo os já processados), onde a reitoria quer expulsá-los sem a menor espécie de diálogo.
O movimento estudantil da UFMT, organizado pela sua entidade representativa, protagonizou diversas lutas contra as políticas que sucateiam a universidade pública. No mês de março de 2013, os estudantes construíram uma das maiores mobilizações da história da UFMT onde mais de 10 estudantes foram feridos e presos pela Rotam à mando da reitora. Com o ocorrido os estudantes perderam a paciência. Milhares foram às ruas e ocuparam por duas semanas a reitoria. Vários direitos foram conquistados durante essa mobilização, no quê tange a assistência estudantil, como permanência do RU público e a 1 real, construções de novas casas do estudante universitário etc. Logo depois desse intenso momento de lutas, o ME(Movimento Estudantil) passou a sofrer intensas perseguições.
Uma das medidas da reitoria foi restringir toda e qualquer atividade de integração social dentro do campus. Essa foi a maneira que a Maria Lúcia encontrou para retirar a autonomia "nanceira (e a política) das entidades representativas. Em repúdio ao posicionamento unilateral da reitora, os estudantes organizaram a Festa Clandestina, ação coletiva que reivindicava a livre organização estudantil, independente e autônoma "nanceiramente. Assim, os estudantes de forma geral puderam arrecadar fundos para suas formaturas e para que os C.A’s (Centros Acadêmicos) e DCE pudessem - a partir do instrumento de interação - conseguir as condições para tocar suas atividades, visto que partimos do princípio de que quem paga a banda escolhe a música.
A reitoria percebeu que a vontade de toda a comunidade acadêmica confronta seus interesses. De maneira
autoritária iniciou, pelas vias burocráticas da universidade, a acusação de depredação do patrimônio público aos coordenadores do DCE, Raysa e Maurício, que ocupam a posição de infratores.Emnenhum momento esses coordenadores ou qualquer outro estudante depredou qualquer patrimônio!
A perseguição política é prática conhecida! Durante a ditadura militar tal prática era comum, servindo para
manutenção da ordem do governo totalitário. Mesmo com 28 anos de pseu-democracia, os movimentos sociais têm sofrido fortes ataques ao seu processo organizativo, pelas Prefeituras, Governos, Reitorias, Estado e patrões. No ano de 2011, os estudantes da USP ocuparam a reitoria exigindo democracia interna, onde foram presos e posteriormente 72 foram Processados. Vários trabalhadores organizados ou não em seus sindicatos também são alvos de ataques constantes, seguidos de
demissões. Há um mês um professor do Mato Grosso do Sul foi agredido pela prefeitura de sua cidade. Recentemente na UEM,estudantes foram espancados, presos e perseguidos. É inadmissível a reitoria da UFMT não respeitar a pluralidade de ideias que existem no ambiente universitário.A in$exibilidade é mais constante para aqueles que reivindicam direitos, que são contrários ao desmonte da universidade pública e lutam pela democracia interna, contra o autoritarismo da reitoria.
O Diretório Central dos Estudantes repudia veemente a truculência com que a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder age perseguindo estudantes. Não deixaremos que nenhum militante do ME seja penalizado por exercer direitos que foram conquistados e assegurados constitucionalmente, estudo e liberdade de organização política. Rea"rmamos nosso compromisso de independência e luta, continuando "rmes, organizados e fortes em nossa trincheira defendendo trabalhadores e estudantes.

QUEM NÃO PODE COM A FORMIGA NÃO ASSANHA O FORMIGUEIRO!

Moção de repúdio à CEIV: Comissão Especial de Atos de Vandalismo em manifestações Públicas



Em 19 de julho, após as massivas manifestações de junho contra o aumento da tarifa, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, emitiu o decreto 44302 criando a CEIV, uma comissão composta pela Polícia Civil e Militar, Ministério Público e Secretaria do Estado. Capaz de quebrar o sigilo telefônico e de contas na internet em 24h a CEIV foi criada com o objetivo de reprimir os manifestantes, particularmente os “vândalos”, um parcela da juventude radicalizada que canaliza sua revolta destruindo patrimônios e instituições.
A criação da CEIV demonstra o avanço da repressão aos que se mobilizam. A tendência é que a repressão aumente. O Estado trabalha ofensivamente pela condenação e criminalização dos movimentos sociais. É com base na CEIV que prenderam os 03 jovens integrantes do Black Bloc.

O Fórum dos Processados da USP repudia a CEIV. Reivindica a liberdade imediata aos companheiros presos! E a revogação imediata do Decreto 44302! Fim a CEIV policial!

MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS PERSEGUIÇÕES DA DIREÇÃO E COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DA ETEC DE SANTANA DE PARNAÍBA


A ETEC "Profª. Ermelinda Giannini Teixeira", de Santana de Parnaíba, passa por um episódio lamentável de perseguição por parte da direção e coordenação à estudantes. E essa não é a primeira vez: desde o ano passado foi iniciada uma série de perseguições contra estudantes, funcionários e professores. Dessa vez, na tentativa de desmoralizar a presidente do grêmio estudantil, a cúpula burocrática e os capachos da direção tentaram encurralar a estudante Mirela Oliveira em uma reunião ocorrida no dia 02 de setembro de 2013, impondo uma possível renúncia. A justificativa dada foi a insatisfação dos alunos em relação ao grêmio.                      
Essa tentativa de golpe e manobra vem em um momento em que a presidente do grêmio está denunciando escândalos financeiros da direção e coordenação, sendo que o grêmio está investigando denúncias de desvios e improbidade administrativa. Pra ficar ainda mais interessante, a eleição para diretor está chegando. Seria muito oportuno para a direção e aqueles que cobiçam o cargo de diretor querer derrubar a porta voz do grêmio e colocar um fim definitivo na mobilização estudantil.                                                   
A estudante, indignada com a situação, mobilizou alguns colegas e um movimento foi criado para se manifestar contra a "panelinha" na direção escolar e coordenação pedagógica, que tanto temem perder sua posição.  A estudante foi culpada pela manifestação e foi ameaçada de expulsão da escola. A diretora ainda abriu um Boletim de Ocorrência na delegacia contra a estudante.

O Comitê Estadual Contra a Repressão e o Fórum dos Processados da USP repudiam qualquer ação repressiva ou autoritária contra os estudantes, funcionários e professores da ETEC "Profª. Ermelinda Giannini Teixeira".      

Moção de apoio à greve dos bancários



Todo apoio à greve dos bancários. Os companheiros reivindicam reajuste salarial de 11,93% e piso salarial do DIEESE, R$2860,21. A federação dos bancos (Fenaban) oferece apenas 6,1%, índice que supera em apenas uns décimos de porcentagem a inflação do ano de 2012 (5,84%). A paralisação atinge mais de 32 mil trabalhadores, que fecharam mais de 659 locais de trabalho em São Paulo, sendo 14 centros administrativos. No país, são 7.285 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados.
A redução salarial e o rebaixamento geral das condições de vida das massas é uma tendência geral do capitalismo. Somente o enfrentamento direto contra a burguesia, com greves, piquetes etc, pode resistir e combater essa tendência.
Diante da crise capitalista que se aprofunda no Brasil, a opressão de classe recrudesce. São jornadas estafantes, salários rebaixados, custo de vida elevado, desemprego em ascensão, a miséria de muitos.
A burguesia se protege fortalecendo os órgãos repressores que comparecem nas manifestações agredindo e prendendo os manifestantes, e criando artificialismos legais, como a Lei Antigreve que multa em milhões os sindicatos que não se adequarem às exigências dos capitalistas.
O Fórum dos Processados da USP apoia irrestritamente a greve dos bancários! Pelo imediato atendimento das reivindicações dos trabalhadores! Fim à Lei Antigreve! Pelo direito de se mobilizar!


Fórum dos Processados da USP

Moção de apoio à Greve da EACH



Em assembleia conjunta de estudantes, funcionário e professores, realizada no dia 13 de setembro, foi deliberada a manutenção da greve dos três setores por tempo indeterminado, devido à concentração de gás metano no terreno onde foi construído o prédio da Universidade de São Paulo, campus Leste (EACH).
O risco que passam os estudantes e trabalhadores desse campus expõe a decomposição do ensino público, promovida pelo governo do Estado, incapaz de preservar até mesmo a saúde dos que freqüentam a universidade.
Aos poucos se revelam os reais interesses por traz da construção de uma universidade pública, numa região periférica de São Paulo, que se acomodam perfeitamente às condições insalubres para se alcançar os objetivos eleitorais. A EACH serviu aos interesses eleitoreiros do PSDB. Existe quase que como um suvenir numa região pobre, cuja maioria certamente está impossibilitada de alcançar o ensino superior.
O agravamento da contaminação do solo é um marco da debilidade de um campus que nasceu frágil, e assim o permanece após 8 anos de sua inauguração. Não possui moradia estudantil, foi inaugurado sem restaurante universitário. A quantidade de professores e a infraestrutura, como livros na biblioteca são insuficientes. Foram criados novos cursos sucateados. Em 2012 algumas dezenas de vagas foram suprimidas.
Somente a luta dos que estudam e trabalham poderá combater a contaminação do terreno da EACH, como expressão da precarização do ensino público.

O Fórum dos Processados da USP apóia a greve dos estudantes, funcionários e professores da EACH.

Moção de apoio ao Victor



Em 07 de setembro, Victor Araújo, jovem de 19 anos, foi uma das vítimas da brutal repressão da Polícia Militar. Perdeu a visão do olho direito devido à explosão de uma bomba de efeito moral, lançada pela PM contra os manifestantes.
O 7 de setembro de 2013 é marcado pela violência policial. As vítimas são inúmeras. Victor Araújo engrossa a fileira dos lutadores mutilados pela burguesia. Junto a Victor estão companheiros que foram atropelados e centenas de presos nas manifestações desse dia. Estão também as vítimas fatais da polícia. As massivas manifestações de junho não permitiram que se encobrissem dois casos que adquiriram visibilidade nacional: o sumiço de Amarildo de Souza e o assassinato de Ricardo Ferreira Gama.
A burguesia é bárbara. Não há limites para defender os interesses de uma minoria.
O Fórum dos Processados da USP emite essa moção de apoio ao aguerrido Victor, que em luta perdeu seu olho. Estamos constantemente sujeitos as barbaridades de um sistema apodrecido, mas apenas no enfrentamento é que colocaremos abaixo a opressão, cujas raízes estão na exploração de classe.


Fórum dos Processados da USP